SupplyChain - Por uma cadeia eficiente

Os dez principais erros na cadeia de suprimentos

09/06/2010 00:00

 

 Fonte: Logística Descomplicada
As cadeias de suprimentos têm grande poder de gerar valor ao acionista e acima de tudo, sua gestão se reflete no valor final dos produtos. Pesquisas apontam que os custos da cadeia de suprimentos representam até 50% do valor final dos produtos.

Confira abaixo 10 conceitos, trabalhados com erros costumeiros, identificados na maioria das tentativas de desenvolvimento da cadeia de suprimentos que levam a perda de oportunidades de grande geração de valor. As implementações fracassadas na cadeia de suprimentos estão diretamente relacionadas ao resultado financeiro das atividades empresariais, onde 30% dos produtos novos não conseguem retornos semelhantes aos seus antecessores, devido, entre outros a:

• Programas implementados por pessoas sem habilidades ou treinamentos específicos;
• Empresas relacionam exercícios na cadeia de suprimentos a redução de custos ou implementação de tecnologias;
• Empresas vêm a cadeia de suprimentos apenas como algo interno a empresa. Assim, temos a existência da Cadeia de Suprimentos Total que começa nos primeiros fornecedores de matérias primas e termina no consumidor final; e, dentro dessa estrutura identificamos os principais erros de planejamento e desenvolvimento da cadeia de suprimentos:

Erro 1: Consideram a cadeia de suprimentos como uma estrutura fixa – nesse sentido as empresas tem como prática ver a cadeia de suprimentos amarrada, comparado aos elos de uma corrente. Dentro dessa estrutura são criados setores que tem metas individuais que acabam comprometendo o resultado final da Cadeia de suprimentos.

Erro 2: Manter a estrutura de negócios – Os gestores mantêm-se na zona de conforto e evitam inovações e mudanças. Na maioria das vezes quando tentam desenvolver sua Cadeia de Suprimentos, o fazem, aplicando suas estratégias e sistemas de informação e controle utilizados internamente nas relações externas.

Erro 3: Idéia errada sobre controle – esse problema está relacionado a confusão entre controle e descentralização. Empresas acreditam que apenas a descentralização é suficiente para o total controle da Cadeia de Suprimentos.

Erro 4: Falha ao Sincronizar a demanda e os Sinais da Cadeia de Suprimentos – empresas focadas na demanda do consumidor, podem controlar os inventários nos pontos de venda e a partir dessa informação gerar as ordens dentro do sistema, todo o sistema funciona com base em um grupo de informações.

Erro 5: Considerar a tecnologia como única fonte de transformação – A tecnologia da informação, desenvolvimento de plataformas, são quesitos necessários, senão essenciais, mas não são suficientes. Há necessidade de transformar o modelo de gestão empresarial, no qual esse sistema será implantado.

Erro 6: Visibilidade do sistema de informações – Os sistemas nem sempre proporcionam as empresas a visibilidade total da cadeia. Outras vezes não há necessidade de ter em tempo real todas as informações. Importante balancear a necessidade de disponibilidade de informações no tempo e local certo.

Erro 7: Utilizar um canal único – As empresas utilizam diversos canais para distribuição, definem as opções de acordo com as necessidades. Há um esforço para desenvolver um canal único, entretanto tal solução não considera as especificidades dos produtos. Há necessidade de definir um ponto de convergência logística, onde cargas mistas são divididas e encaminhadas em forma de cargas específicas.

Erro 8: Considerar o fator Humano – Há necessidade de se conhecer as características humanas da organização, para então definir tarefas e responsabilidade – importante para “saber com quem contar”.

Erro 9: Não alavancar elementos globais da Cadeia de suprimentos - Necessidade de desenvolver uma cadeia de suprimentos global, para atender as dinâmicas da economia globalizada. Dessa forma a empresa consegue estar próximo de clientes em diversos espaços geográficos. Tais características aumentam a produtividade em até 10%.

Erro 10: Subestimar a necessidade de transformação – Há um grande potencial de ampliação de valor na cadeia de suprimentos. Outro fator importante é a necessidade de visão de longo prazo, os autores consideram que mudanças efetivas demoram, no mínimo, dois anos para serem implementadas.

As empresas necessitam antecipar as tendências de mercado e estar o mais próximo possível de seus consumidores. Devem integrar seus fornecedores e clientes em um único modelo de negócio. Com esse objetivo, focam-se no desenvolvimento de competências, formação de parcerias e aprimorar os serviços que realmente agregam valor à cadeia de suprimentos. A visão deve ser global e capaz de agregar as relações inter-empresariais existentes na cadeia. Por fim o desenvolvimento da Cadeia de Suprimentos requer uma mudança no foco e na forma de gerir as empresas, seus canais e relacionamentos.

* Este texto é uma análise feita por Alceu B. Junior e Ivan H. Vey do artigo de mesmo título elaborado por Sumantra Sengupta, o qual é consultor e vice-presidente da Scotts Company. O artigo original foi publicado na revista Supply Chain Management Review em janeiro de 2004. 

 

 

 

 

 

 

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